quinta-feira, 8 de março de 2012

O CANTO

...


pensei então nos vitrais da capela

                                                  da igreja de São Rafael


em como... escura...


                                                  pareceu-me a capela à noite


quando luz alguma brilhava através deles


e no quão silene, quão menos santo era o lugar


                                             sem o canto das freiras.


                                                                 
                                                                             "Linda Goodman"

DE MULHER PARA MULHER

Amadas em todas as idades,
em verso e prosa cantadas
Terapeutas - Dentistas - Médicas
Presidentas - Donas de casas.

Iracema dos lábios de mel,
que do mato saiu para encantar,
Misturou-se com este céu e
agora mora em todo lugar.

Sem mais desonras e sofrimentos,
Joanas - Marias - Dolores

Que sejamos poupadas de mais padecimentos,
de tantas e injustas mortes e dores.

A morte está em todo lugar,
mas o golpe mais mortal,
está em seu potencial...

Antepassadas de todas as horas,
viemos a ti homenagear
Deusas - Amazonas - Índias Maravilhosas,
queremos sua sabedoria invocar...

E ver se a mulher encontra,
dentro de si o  valor e o lugar,
um jeito de se amar, sem se matar...

Evangelina Ano 1997
Oferecido à minha irmã Elzinha - Saudade...
BENÇÃOS E LUZ

quarta-feira, 27 de julho de 2011

NASCER, RENASCER e MORRER



A criança quando nasce
Chega usando o mundo para viver
Acha que Papai e Mamãe vai lhe proteger.

Vai crescendo e dando os primeiros passos bem devagar
Vai se soltando e se encaminhando sem se segurar.

Acha que sabe viver,
Abre mão disso para ensinar e proteger.

Acha que ensinou e protegeu
Abre mão disso para seguir seu caminho,
Acha que vai sozinho.

Percebe as ilusões, máscaras e fantasias
Acha que viveu,
Abre mão disso,
Acha que morreu.

Chorou e orou
Encontrou a alma, a pureza e a inocência
Viu que acordou.

Aprendeu na brava correnteza
Que sozinho está sem Deus.

Encontra Pai e Mãe na Natureza.
Alegre, a criança renasceu.

Sabe que na natureza
Tudo se recria, se transforma e se eterniza.
Agora, sabe que aprendeu.

08.03.11  Evangel

segunda-feira, 27 de junho de 2011

UBUNTU

U B U N T U
     A jornalista e filósofa Lia Duskin, no Festival Mundial da Paz, em Florianópolis (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
     Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até ao aeroporto de volta para casa.   Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então propôs uma brincadeira para crianças, que achou ser inofensiva.
     Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade; botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocu debaixo de uma árvore.   Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já", elas deveriam sair correndo até ao cesto.   Quem chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
     As crianças se posicionaram na linha demarcatória que le desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado.   Quando ele disse "já", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto.   Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
     O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
     Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio.   Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
     Ele ficou desconcertado!   Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo.   Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
     Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
                                                             Detalhe: porque SOMOS, não pelo que TEMOS.


Contribuição do meu querido Prof. Hirashi Kaneshiro
   

terça-feira, 10 de maio de 2011

O lencol e o carvao

Um dia, um menino chegou da escola muito irritado.
Ele contou para o pai que tinha brigado com os colegas, que estava com
muita raiva dos amigos.
Ele parecia mesmo transtornado pela raiva, como se quisesse bater em
todo mundo que encontrasse pela frente.
Pacientemente, o pai perguntou se ele queria se livrar dessa raiva.
O menino disse que sim. Aí, o pai propôs:
- Sabe aquele lençol branco que está ali no varal?
- Sei...
- Você vai pegar pedaços de carvão que está nesse saco aqui e jogar no
lençol... Jogar toda sua raiva sujando o lençol.
- E vou me sentir melhor?
- Vamos ver, disse o pai.
O menino foi jogando os pedaços de carvão e, quando acabou, estava imundo.
Com as mãos, os braços e a roupa negros de carvão.
O menino ficou olhando o lençol sujo e depois olhou pra ele mesmo, imundo.
O pai disse então:
- Você viu o que você fez com a sua raiva?
-Você jogou ela toda contra o lençol, mas ela também voltou pra você.
O lençol está preto de carvão e você também está preto de carvão.
É como se fosse a sua raiva indo e voltando.
O menino ficou calado olhando para o lençol sujo e para ele mesmo.

Conclusão:
Se você conseguir se lembrar dessa historinha quando sentir raiva, ódio,
mágoa, rancor, pense que todos esses sentimentos ruins, negativos,
atingem principalmente o seu coração, mancham o seu espírito, trazem
tristeza, e até doenças.
O melhor é deixar passar, relevar, perdoar e seguir adiante.

Autor Desconhecido.